Alimentação saudável em tempos de quarentena

  • By Pedro Meirinhos
  • 06 Maio 2020

Sendo este o primeiro artigo sobre Alimentação e Nutrição deste novíssimo site, e complementando o artigo inaugural sobre “Exercício físico em pandemia”, faz todo o sentido que aqui se fale sobre a atualidade e o impacto que esta pandemia pode ter nos hábitos alimentares e na saúde da população.


“Fique em casa”. Foi este o pedido que a maioria das pessoas respeitou desde que o estado de emergência foi decretado em Portugal. Se por um lado o facto de estarmos isolados em casa pode ter sido fundamental para controlar e atenuar os efeitos desta pandemia, por outro, este dever cívico alterou a rotina de muitos e afetou hábitos diários de trabalho, alimentação, hidratação, atividade física, sono, entre outros.

Cumprir a quarentena pode levar, em muitos casos, à diminuição do gasto de energia (calorias) ao longo do dia, uma vez que os níveis de atividade física são inferiores comparativamente à rotina pré-quarentena. Caso este cenário se prolongue por um período considerável, a composição corporal daqueles que se vêm “obrigados” a ficar em casa pode ser afetada, registando-se aumentos de peso corporal e de massa gorda.

Estar em casa muitos dias seguidos, a partir de certa altura, começa a tornar-se entediante e stressante, o que pode resultar em “ataques” ao frigorífico e ao armário das bolachas com o objetivo de encontrar algo confortante. A ingestão de alimentos mais açucarados tem um papel positivo no humor e na redução do stress, no entanto, é uma prática totalmente desaconselhada, pois as consequências do seu consumo frequente são graves e prejudiciais para a saúde de qualquer indivíduo e um fator de risco para as complicações mais severas do CoVID-19.

Felizmente, existem algumas estratégias que podemos seguir para tornar esta quarentena mais saudável e mais interessante nutricionalmente. Passo a enumerar alguns “truques” que podem ser tidos em conta:

→ Deixar na prateleira dos supermercados os alimentos com menos interesse nutricional, tais como: gelados, bolachas, bolos, batatas-fritas, refrigerantes, fast-food, salgadinhos, chocolates, pizzas congeladas, entre outros. Se em sua casa não tiver estes alimentos disponíveis, não haverá forma de os consumir. O importante é ter um “ambiente nutricional” favorável em sua casa;

→ Quando a fome apertar, preferir estas opções: gelatina sem açúcar, iogurtes sólidos magros, fruta cuja mastigação seja mais difícil (maçã ou pera, por exemplo), tremoços, chá, café ou água;

→ Aumentar a quantidade de proteína ingerida em cada uma das refeições. Ao preferir alimentos mais proteicos ao longo do dia, a sensação de saciedade será maior e a manutenção de massa muscular também será beneficiada.

→ Aumentar e variar o consumo de legumes cozidos e de saladas frias nas refeições principais e de fruta ao longo do dia permite assegurar a ingestão de nutrientes (vitaminais e minerais) essenciais para o correto funcionamento do sistema imunitário e para a saúde de uma forma global.

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